Objetivo da atividade: Trabalhar o significado do termo "maquiavélico" através da sua dualidade de sentido. O(a) professor(a) pode problematizar com os(as) alunos(as) as diferenças de contexto que podem gerar diferentes interpretações para o termo: a) um sentido pejorativo, produzido por determinado contexto da moral convencional da época em que foi produzida a obra de Maquiavel; b) um sentido que se refere aos conceitos em si e aos significados que o próprio autor procurou produzir.
A atividade tem a finalidade de discutir como diferentes visões de mundo, nesse caso de expressões diferentes de moral, manifestam-se muitas vezes em conflito na política.
A atividade pode iniciar com uma definição simples da palavra "maquiavélico":
Sugerimos, em seguida, como referência, os seguintes textos - que podem ser impressos e entregues aos entudantes - e que fazem a defesa da obra:
https://advocaciacabral.jusbrasil.com.br/artigos/195974743/maquiavel-nao-era-maquiavelico
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3103200708.htm
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/nicolau-maquiavel/
Atividade do Júri: A sugestão é dividir a turma em 3 grupos. O primeiro grupo buscaria assumir a defesa de Maquiavel, ou seja, uma defesa de cunho político. O segundo grupo ficaria encarregado de criar argumentos acusatórios, de acordo com a moral convencional. O terceiro grupo seria o júri, encarregado de dizer qual dos grupos anteriores se saiu melhor na argumentação, também com base em argumentos. Espera-se que os estudantes assumam diferentes posturas argumentativas, através de diferentes perspectivas: uma política e uma moral. Por fim, o último grupo estaria encarregado de avaliar e fazer o júri dos argumentos apresentados pelos grupos anteriores, produzindo também um conjunto de argumentos. As(os) alunas(os) devem entregar atividade escrita após a atividade, de acordo com cada grupo.
A serem julgadas, podem ser utilizadas situações reais da política ou situações hipotéticas.
Por exemplo:
https://revistaforum.com.br/politica/trump-nao-cumpre-promessa-que-fez-a-bolsonaro-e-nega-entrada-de-carne-brasileira-nos-eua/ - julga-se a atitude do presidente Trump.
Pode-se julgar também o ex-major britânico Roy Bates, pela sua ação de fundar o Principado de Sealand: https://exame.abril.com.br/mundo/faca-voce-mesmo-como-fundar-um-pais/.
https://www.idealista.pt/news/imobiliario/internacional/2018/11/26/38031-sealand-o-pais-mais-pequeno-do-mundo-que-esta-numa-plataforma-maritima
Na verdade a proposta do Juri é o centro da atividade, e embora descrita ao final, poderia ter um título: Um julgamento para "maquiavélico".
ResponderExcluirAcho que faltou talvez no detalhamento da orientação ao professor algum exemplo, pois pelo que entendi, não seria na dimensão histórica o julgamento, mas como base em situações atuais da política e sociedade para ilustrar a maneira original maquiavélica e aquela alicerçada numa moral mais convencional. Basta dar um exemplo de uma situação que possa ser explorada de ambos os lados para ficar mais claro para o professor.